Ela olhou lá embaixo e viu profundo.
Seu corpo tremia, inseguro. Lágrimas correntes e contínuas, mas sem dor, era insuportável.
Passeou o quanto pôde pela superfície de si. Até que não deu mais.
Saltou.
Para ele
"Lembrei-me de ti, quando beijara teu rosto de homem, devagar, devagar beijara, e quando chegara o momento de beijar teus olhos - lembrei-me de que então eu havia sentido o sal na minha boca, e que o sal de lágrimas nos teus olhos era o meu amor por ti. Mas, o que mais me havia ligado em susto de amor, fora, no fundo do fundo do sal, tua substância insossa e inocente e infantil: ao meu beijo tua vida mais profundamente insípida me era dada, e beijar teu rosto era insosso e ocupado trabalho paciente de amor, era mulher tecendo um homem, assim como me havias tecido, neutro artesanato de vida."
(lendo Clarice Lispector, A Paixão Segundo G.H.)
Saudade de você Gabriel, meu amor.
(lendo Clarice Lispector, A Paixão Segundo G.H.)
Saudade de você Gabriel, meu amor.
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