Clarice

Clarice entrou logo de manhã, sem pedir licença. Atrapalhou tudo o que encontrava em ordem na casa. Não poupou nem os livros. Nem os autores. O que a moça lia era tão importante quanto a cama onde a moça dormia. No final do dia Clarice sentou-se no sofá, observou o trabalho bem-feito que havia ali realizado, e disse enfim à moça de olhos arregalados e quase sem ar:
- Agora é com você.

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